ZAMBELLI À BEIRA DA PRISÃO: STF JÁ TEM MAIORIA PARA CONDENAR DEPUTADA BOLSONARISTA
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Imagem Reprodução |
Condenação à vista, mas com suspense: Carla Zambelli encara revés histórico no STF
Enquanto você segue sua rotina diária enfrentando trânsito, contas altas e o caos brasileiro, uma figura conhecida do cenário político acaba de ganhar seu próprio problema para chamar de seu. Carla Zambelli (PL-SP), parlamentar que já é praticamente sinônimo de polêmica, agora está com um pé atrás das grades – pelo menos, é o que indica a maioria formada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Porte ilegal e constrangimento armado: o capítulo final?
Nesta semana, ministros do STF formaram maioria para condenar a deputada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso dessa mesma arma. Gilmar Mendes, conhecido por sua contundência nas decisões judiciais, propôs uma pena nada leve: 5 anos e 3 meses de prisão. Acompanharam o relator os ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
Mas calma, leitor indignado ou curioso: ainda não é o fim da novela.
Pedido de vista ou manobra protelatória?
Como em um bom roteiro político-policial, sempre há espaço para reviravoltas. Nunes Marques, o ministro mais próximo ao bolsonarismo declarado no tribunal, pediu vista. Na prática, isso significa que ele deseja mais tempo para refletir sobre o caso. Estrategicamente ou não, isso também significa que a situação fica em suspenso, dando à parlamentar algum fôlego momentâneo.
Porém, num movimento que parece dizer: "não temos tempo a perder", Cristiano Zanin e Dias Toffoli já anteciparam seus votos pela condenação, fechando a maioria necessária. Agora, restam poucas dúvidas sobre o futuro jurídico de Zambelli – embora ainda exista a remota possibilidade de uma nova virada com o pedido de destaque, levando o julgamento ao plenário físico e zerando toda essa conta novamente.
O incidente que virou escândalo
Relembrando o incidente digno de filme, em outubro de 2022, nas vésperas do segundo turno presidencial, Zambelli protagonizou uma cena cinematográfica nas ruas dos Jardins, região nobre de São Paulo. A parlamentar, de arma em punho, perseguiu um homem que ela julgou ser apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O episódio viralizou instantaneamente nas redes sociais. Zambelli tentou justificar o injustificável, alegando ter sido intimidada e empurrada. Mas, no vídeo amplamente difundido, a imagem é clara: a deputada correndo armada pelas ruas em plena luz do dia, alimentando um espetáculo que a levou diretamente às portas da Suprema Corte.
Justiça seletiva ou exemplar?
Mas fica a questão: estaria o STF dando uma resposta exemplar à banalização do porte de armas e ao uso político da violência, ou estaria sendo seletivo em suas condenações, mirando uma figura alinhada ao ex-presidente Bolsonaro?
Independentemente da sua resposta, uma coisa é certa: Carla Zambelli tornou-se o exemplo perfeito de que o discurso inflamado nas redes sociais pode rapidamente transformar-se em um boletim de ocorrência judicial.
Será que estamos assistindo a uma virada histórica ou apenas a mais um episódio da eterna crise institucional brasileira? O tempo dirá.

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