AGROTÓXICOS NO LANCHE DAS CRIANÇAS: QUEM LUCRA COM SUA DOENÇA?
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Foto IDEC |
Tem veneno no seu biscoitinho: indústria lucra enquanto consumidor paga com a saúde
Você já imaginou que aquele inocente biscoitinho água e sal pudesse conter veneno? Pois é exatamente isso que revelou uma pesquisa alarmante realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Com um resultado preocupante, o estudo expôs que nada menos que 59,3% dos produtos ultraprocessados analisados continham resíduos de agrotóxicos.
E não estamos falando apenas de pequenas contaminações. A pesquisa encontrou até sete tipos diferentes de agrotóxicos em um simples pacote de biscoito água e sal. Parece surreal? Infelizmente, é a realidade da mesa dos brasileiros.
O terceiro volume da pesquisa, 'Tem Veneno Nesse Pacote', está disponível em PDF para download gratuito ao final desta página, oferecendo ainda mais informações detalhadas e essenciais sobre esse assunto.
A indústria lucra, sua saúde paga a conta
Mas por que isso acontece? A resposta está, mais uma vez, na ganância corporativa. Empresas gigantes do setor alimentício colocam seu lucro acima da saúde dos consumidores, apostando em um modelo agrícola baseado em monoculturas altamente contaminadas por agrotóxicos para produzir ingredientes como soja, trigo, milho e açúcar.
Essas commodities, largamente utilizadas na fabricação de ultraprocessados, são cultivadas em larga escala, incentivando a pulverização massiva de herbicidas perigosos como o glifosato, que já é classificado pela OMS como "provavelmente cancerígeno".
Ultrapassando os limites (que nem existem!)
Um dado ainda mais perturbador é que, segundo o Idec, não há regulamentação específica da Anvisa para o limite máximo permitido de resíduos de agrotóxicos em ultraprocessados. Isso significa que as empresas têm carta branca para "temperar" seus produtos com pesticidas em quantidades indefinidas, potencialmente colocando em risco a saúde dos consumidores a longo prazo.
Será que é aceitável que multinacionais como Nestlé, Mondelez e Pepsico tenham produtos contaminados nas prateleiras, sem transparência sobre o que de fato estamos consumindo?
O discurso saudável que engana você
Como se não bastasse, muitas dessas empresas ainda têm a audácia de vender a imagem de produtos saudáveis. É o caso do cereal matinal Nesfit Tradicional, que apesar da propaganda voltada para o público preocupado com a saúde, apresentou resíduos de agrotóxicos em sua composição.
Enquanto isso, você segue consumindo um produto que acredita ser saudável, sem saber dos riscos escondidos no seu café da manhã. Será que as autoridades regulatórias estão mesmo defendendo o interesse do consumidor?
Prejuízo social e ambiental: quem paga a conta?
Mas o problema não é apenas individual. O Brasil ostenta a preocupante posição de segundo maior comprador mundial de agrotóxicos proibidos na Europa, agravando impactos ambientais e sociais já críticos, como desmatamento, contaminação da água e mortalidade de polinizadores.
Enquanto o agronegócio nacional vende a imagem de modernidade e eficiência, deixa para trás um rastro tóxico de destruição ambiental e problemas crônicos de saúde pública, sustentados por lobby poderoso e legislação permissiva.
E agora, o que fazer?
Diante desse cenário alarmante, o Idec pede ações urgentes:
- Maior fiscalização e regulamentação dos resíduos em ultraprocessados;
- Transparência obrigatória das empresas sobre a presença de agrotóxicos;
- Incentivo à produção agroecológica e ao consumo consciente, evitando produtos ultraprocessados.
Você está disposto a continuar bancando o lucro das empresas com sua saúde, ou vai exigir mudança real?
👉Baixe AQUI o PDF do terceiro volume da pesquisa, 'Tem Veneno Nesse Pacote'.

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