NÃO É A XVIDEOS: SITE DE ACOMPANHANTES, FATAL MODEL, É O NOVO PATROCINADOR DE TIME BRASILEIRO

Foto: CNN

 

Nos últimos dias, um novo e polêmico capítulo foi escrito nas parcerias entre clubes de futebol e patrocinadores. A Fatal Model, uma plataforma de anúncios para acompanhantes, anunciou que será patrocinadora oficial do Paysandu, inserindo sua marca na parte frontal da camisa do clube paraense. Este é apenas o último passo de uma estratégia ousada da empresa que, em pouco tempo, conseguiu uma presença marcante no esporte brasileiro – mas com um custo de imagem bastante elevado.

A Fatal Model não é desconhecida no mundo do futebol. Em 2023, a empresa se tornou a maior patrocinadora da Série B do Campeonato Brasileiro, marcando sua presença em clubes como Brusque, CRB, Vila Nova e, agora, Paysandu. Mas a empresa não se contenta apenas com clubes da segunda divisão. Em 2024, ela ampliou sua atuação ao patrocinar os Campeonatos Gaúcho e Carioca, além de se fazer presente em jogos internacionais da Seleção Brasileira. A presença da Fatal Model no esporte nacional gera questionamentos. Até onde vai o limite entre marketing agressivo e o impacto negativo na imagem de clubes e competições?

O patrocínio e o peso da imagem

A parceria com a Fatal Model foi anunciada com entusiasmo pelo Paysandu, mas rapidamente gerou um burburinho nas redes sociais e na mídia esportiva. A empresa, que já estampa as camisas de clubes como Ponte Preta, Vitória e Amazonas, tem sido criticada por muitos, que questionam a escolha de associar a marca de um clube de futebol com a de uma plataforma de acompanhantes. A decisão do Paysandu não é isolada, mas reflete uma tendência crescente no futebol brasileiro: a busca por patrocinadores dispostos a investir grandes quantias, independentemente da natureza do seu negócio.

Enquanto a Fatal Model mantém um discurso de que deseja fortalecer sua presença no mercado esportivo, a escolha de investir em clubes de menor expressão, como os da Série B, parece ser uma estratégia calculada para aumentar sua visibilidade em um ambiente que, até então, parecia distante de sua proposta original.

Foto: Paysandu

A tentativa de impacto global

A grande questão que permanece é: até onde o futebol brasileiro, com seus clubes em busca de patrocínios milionários, está disposto a ir para garantir investimentos financeiros? Será que a visibilidade proporcionada por patrocinadores como a Fatal Model vale o risco de se associar a uma marca cujas práticas podem ser vistas com certo desconforto por parte de uma parte significativa do público?

Essa relação entre dinheiro fácil e a ética esportiva não é nova, mas com a presença crescente de plataformas como a Fatal Model, fica claro que a fronteira entre o que é aceitável e o que é controverso no futebol está cada vez mais tênue.

Fonte: Google

A polêmica entre dinheiro e ética no futebol

A Fatal Model está disposta a ir ainda mais longe. Recentemente, a empresa fez uma proposta ousada ao Corinthians, um dos maiores clubes do Brasil, oferecendo-se para pagar o salário do astro francês Paul Pogba, que havia sido especulado como possível contratação do clube. A proposta de pagamento de R$ 3 a 4 milhões mensais ao jogador francês foi descartada pelo Timão, que se apressou em afirmar que não há negociações em andamento. Contudo, a movimentação gerou ainda mais discussão sobre os limites do marketing no esporte e os interesses de empresas cujos produtos e serviços não têm nenhuma relação direta com o futebol.

É um movimento arriscado. A Fatal Model pode ter conquistado notoriedade, mas a reputação dos clubes envolvidos é questionada a cada nova parceria. O dinheiro, claro, é um atrativo irresistível para muitas equipes em busca de patrocínios, mas o custo para a imagem de um clube tradicionalmente respeitado como o Corinthians pode ser imensurável.