IMPOSTO DE RENDA 2025: DECLARAÇÃO COMEÇA EM MARÇO, VEJA DICAS PARA EVITAR ESTRESSE E ERROS COM A MALHA FIN

Foto: Jornal Contabil

 

Com a temporada de Imposto de Renda (IR) de 2025 se aproximando, muitos brasileiros já estão sentindo aquele aperto no peito. O prazo para enviar a declaração começa no dia 17 de março e vai até 31 de maio, e com isso, surge a pressão para preencher corretamente o documento, sem cair nas armadilhas da malha fina. Afinal, quem não quer evitar dores de cabeça e surpresas desagradáveis com o Fisco? Para garantir que sua declaração seja feita sem erros e sem estresse, a chave é a organização e a atenção aos detalhes.

Quem precisa declarar o imposto de renda em 2025?

A tabela mensal de 2025 determina que os contribuintes com rendimentos até R$ 2.259,20 estão isentos da declaração. Já aqueles que ganham acima desse valor precisam declarar, e as alíquotas começam em 7,5% para quem recebe de R$ 2.259,21 a R$ 2.826,65. As alíquotas aumentam gradativamente até alcançar 27% para quem ultrapassa os R$ 4.664,68 mensais.

Falta de planejamento: o erro que pode custar caro

Cassius Leal, fundador e CEO da Advys Contabilidade, alerta para o maior erro cometido pelos contribuintes: a falta de planejamento. "Muitos deixam para a última hora e, com isso, acabam cometendo erros que poderiam ser evitados com um pouco mais de organização", explica.

O especialista destaca que o final do prazo costuma ser um caos. A Receita Federal enfrenta instabilidades no sistema devido ao grande volume de acessos, o que pode gerar um estresse desnecessário. Portanto, a recomendação é clara: não espere os últimos dias para começar a declaração.

Cinco dicas para fazer a declaração sem erros e sem estresse

Se você quer evitar problemas com a Receita Federal e garantir que tudo seja feito da forma correta, aqui vão cinco dicas essenciais para facilitar sua vida:

1) organização é a chave

Antes de mais nada, reúna todos os documentos necessários. Isso inclui informes de rendimentos (como salários e aposentadorias), recibos de despesas médicas, educacionais e extratos bancários. Cassius Leal ressalta a importância de ter todos os comprovantes em mãos antes de começar o preenchimento. "Se você paga escola particular, por exemplo, não pode esquecer o comprovante anual de pagamento", alerta.

2) não esconda rendimentos

A tentação de omitir rendimentos extras pode ser grande, mas é um erro grave. Aluguel, pensão alimentícia, estágio remunerado dos filhos e até ganhos com investimentos precisam ser informados. Cassius enfatiza que, se seu filho fez estágio remunerado, o valor deve ser incluído na declaração, caso contrário, você poderá ter problemas com o Fisco.

3) revise antes de enviar

Erros simples, como troca de números ou a omissão de informações, podem levar sua declaração para a malha fina. Para evitar esse tipo de problema, Cassius recomenda preencher o documento com calma e revisar tudo antes de enviar. O próprio sistema da Receita Federal permite que o contribuinte verifique inconsistências, então aproveite essa ferramenta para se prevenir.

4) atenção às deduções permitidas

Não deixe de aproveitar as deduções que podem reduzir o imposto a pagar. Despesas com educação, saúde, previdência privada e dependentes podem ser abatidas, mas cada categoria tem suas próprias regras. "Despesas médicas podem ser deduzidas, mas é preciso ter a comprovação", explica o especialista. Fique atento, pois alguns gastos, como planos de saúde pagos em nome de empresa, não são dedutíveis.

5) use a declaração pré-preenchida

A Receita Federal oferece a possibilidade de utilizar a declaração pré-preenchida, que já traz informações enviadas por empresas e bancos. Porém, Cassius alerta que, mesmo com esse preenchimento automático, o contribuinte precisa conferir todos os dados antes de enviar. Um simples erro pode resultar em problemas futuros.

O Imposto de Renda não precisa ser um pesadelo, mas exige atenção e organização. Evite deixar para a última hora e se atente a todos os detalhes. Seguindo essas dicas, você minimiza os riscos de cair na malha fina e evita surpresas desagradáveis com o Fisco. Afinal, ninguém quer que um erro simples se transforme em um pesadelo tributário.

Por Raphael Pati