IMÓVEL DA GENTE: A REVOLUÇÃO SOCIAL QUE TRANSFORMA O PATRIMÔNIO PÚBLICO EM DIREITOS
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Foto: Agência Brasil |
Imóvel da Gente: O Poder Transformador da Democratização do Patrimônio Público
Nos últimos dois anos, uma revolução silenciosa tem acontecido no Brasil, com o programa Imóvel da Gente trazendo uma nova era para o uso do patrimônio público. Lançado em fevereiro do ano passado, este programa do Governo Federal já destinou 850 imóveis da União para fins que vão muito além do simples uso administrativo, abrangendo moradia digna, saúde, educação, infraestrutura, preservação ambiental e até a reforma agrária. Com isso, o Imóvel da Gente tem transformado a realidade de centenas de milhares de famílias, beneficiando aproximadamente 400 mil cidadãos em todo o país.
O programa não apenas redistribui imóveis, mas busca reverter décadas de uso ineficiente ou predatório dos bens públicos. Em vez de vender o patrimônio a preços irregulares, como no governo anterior, a gestão do patrimônio público passa a seguir um novo modelo, com ênfase na função socioambiental dos imóveis. Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, afirma que a atual administração comprometeu-se a mudar essa lógica. "Com o Imóvel da Gente, invertemos a lógica, valorizando o patrimônio público e dando destinação social e ambiental a esses imóveis", declarou, destacando que o programa é um elo fundamental para garantir políticas públicas como o Minha Casa Minha Vida e o desenvolvimento de novos campi para institutos federais.
A Democratização do Patrimônio
O impacto do programa é visível nas comunidades mais vulneráveis. A regularização fundiária de vastas áreas urbanas e rurais e a transformação de imóveis ociosos em moradias dignas são exemplos de como a destinação estratégica desses espaços pode proporcionar uma melhoria real na vida das famílias. Em Belém, por exemplo, a regularização de bairros beneficia cerca de 340 mil pessoas, enquanto em Belo Horizonte, 88 famílias em situação de vulnerabilidade ganharam a chance de morar em um imóvel que antes estava abandonado. Para muitos, como Jovina da Silva, de 68 anos, esse é o sonho da casa própria que finalmente se realiza.
O programa também garante que povos e comunidades tradicionais, como as quilombolas de Vidal Martins, em Santa Catarina, possam usufruir de seu direito à terra. A comunidade recebeu autorização para utilizar cerca de 170 hectares de terra, assegurando a preservação de sua cultura e garantindo sua permanência no local.
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Foto: Agência Brasil |
Uso Responsável e Sustentável dos Imóveis
Além de garantir moradia, o Imóvel da Gente tem sido fundamental para a preservação ambiental. Áreas como o Parque Natural Municipal da Restinga, em Pontal do Paraná, que cobre mais de 3 milhões de metros quadrados de Mata Atlântica, foram cedidas para que o município pudesse investir em infraestrutura e melhorar o acesso ao público, sempre respeitando o meio ambiente.
O programa também tem sido crucial para a reforma agrária, com a destinação de imóveis para assentamentos de trabalhadores rurais. Em Goiás, por exemplo, a Fazenda São Lukas, com 67 hectares, foi destinada ao Incra para beneficiar famílias sem terra. Ao todo, 11 imóveis já foram destinados para a Política Nacional de Reforma Agrária, impactando positivamente 300 famílias.
Infraestrutura e Desenvolvimento Local
Mas o Imóvel da Gente não se restringe a políticas sociais; também tem promovido o desenvolvimento econômico. Com a destinação de imóveis para a construção de infraestrutura, o programa ajuda a gerar emprego e renda, além de apoiar o crescimento de setores como telecomunicações, energia, e transporte. Um exemplo disso são os parques de aquicultura destinados em Tocantins, que podem gerar até 1.000 toneladas de tilápias por ano, beneficiando a economia local.
O Impacto Regional
De acordo com os dados do programa, o Nordeste foi a região que mais recebeu destinações, com destaque para o Parque da Jaqueira, em Recife, e a Maternidade Cândida Vargas, em João Pessoa. No total, as 850 destinações de imóveis estão distribuídas em 374 municípios, com um impacto visível em todas as regiões, do Sul ao Norte do país. Para a ministra Esther Dweck, o programa tem como objetivo "fazer com que todos os brasileiros, especialmente os mais necessitados, possam usufruir do que é seu por direito".
Um Modelo de Gestão Inovador
O sucesso do Imóvel da Gente também pode ser atribuído ao modelo de governança inovador que integra governo federal, estados, municípios e a sociedade civil. Carolina Stuchi, secretária do Patrimônio da União, destacou que a transformação digital e o georreferenciamento das áreas têm sido fundamentais para ampliar a escala do programa e garantir que as destinações sejam feitas de forma mais eficiente. “Essa rede de parcerias é fundamental para que o programa tenha a escala necessária para continuar avançando”, afirmou.
Imóvel da Gente, um Passo Rumo ao Futuro
O programa Imóvel da Gente é mais do que uma iniciativa de redistribuição de imóveis; é uma verdadeira transformação na gestão do patrimônio público, com um impacto direto na melhoria das condições de vida de milhões de brasileiros. Em um país onde o acesso à moradia e a proteção ambiental ainda são desafios imensos, o Imóvel da Gente representa uma tentativa real de garantir o bem-estar social e o uso sustentável das riquezas do Estado. E, ao fazer isso, o programa já começou a mudar a vida de quem mais precisa.

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