13 ANOS DO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

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Em 20 de julho de 2010 foi assinada a Lei nº 12.288, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial, considerado o principal marco legal sobre o tema, a exatos 13 anos o Brasil iniciava uma tentativa de reparação com a população negra deste pais, nada que se aproxime do possível e obrigatório para uma sociedade que almeja alcançar o futuro com fortes demonstrações de sociedade evolutiva.

Mas infelizmente de nada serviu para uma maioria de cidadãos que vivem a sombra de um passado sanguinário, escravocrata, classista, discriminatórios, ao longo de décadas alimentam a divisão de raça neste país nada diferente das práticas covarde e doentio de outras nações atrasadas e pobres de atitudes e ações no tratamento do racismo.

13 anos do Estatuto da Igualdade Racial vem carregando na sua adolescente história, as mesmas dores do chicote dos açoitadores, descriminação escancarada por todos os cantos do Brasil, e como se não bastassem, tendo que resistir até mesmo ao próprio governo que devia coibir, mas durante os anos desta pequena idade de 2018 a 2022 preferiu indicar dirigentes que propositalmente tentava calar a nossa gente, nossas lutas, nossas poucas e sofridas conquistas.

Ver a olho nu como viam nossos antepassados na hora do descarne-o o seu capitão do mato na sua satisfação de diminuir o nosso povo, assim é hoje quando temos que disputar uma vaga na escola, na faculdade, no emprego, e porque não nas difíceis horas de ser atendido seja onde for, nos shoppings, bancos, lojas, ou serviços públicos.  

Agradeço a todos que alcançaram a elaboração e aprovação deste Estatuto e de todas as leis que foram criadas para acompanhar e frear estes delinquentes psicopatas e adoradores do passado racista. Mas precisamos de mais, e não é de leis ou ameaças, mas sim de educação e consciência social, mais reconhecimento, mais amor no coração e no rosto de quem até hoje ainda não se conscientizou que o racismo existe vive e persiste no meio de todos.

Às vezes até sem perceber em nós mesmos que ainda temos a sensibilidade de se indignar com tamanhas barbaridades, nos deparamos com palavras e atitudes discriminatórias frutos deste racismo estrutural sustentado a séculos por essa gente de mente pequena, que esquece que independente de todo o seu ódio, tem que reconhecer que mesmo na dor, foram os negros que os alimentou, para serem hoje essa gente sem amor e sem memória.     

 

 By: Cleiton Reis 

Administrador | Dir.de Cultura do IMDS | Ativista das Causas Racial.